Vasos: Dicas de Palmeiras para Uso Interno
Se você chegou até aqui, significa que você quer um vaso que comporte uma planta no seu ambiente interno. Mas você não quer qualquer planta, você quer uma palmeira.
As palmeiras são espécies da família Arecaceae, são típicas da floresta tropical, formada por raízes, caule, folhas, flores, frutos e sementes. Suas raízes são fribosas, suas folhas podem ser pinadas ou palmadas, as flores brotam na fase adulta, alguns frutos são comestíveis e outros são ornamentais.
Apesar de o número de palmeiras existentes não ser um dado catalogado, é possível afirmar que existem mais de 2.000 espécies no mundo e cerca de 300 delas são originárias do Brasil.
Para facilitar a classificação, podemos dividir as Palmeiras em categorias: palmeira de estipe único, palmeira de estipe múltiplo e palmeira de touceira.
O que eu preciso saber para escolher uma palmeira de vaso?
Em primeiro lugar, para escolher a espécie para ambiente interno, você precisa saber a necessidade solar da palmeira. Algumas palmeiras trazem nas suas características a vivência em meia-sombra ou que recebam pouca luminosidade, pois crescem embaixo das árvores na floresta tropical.
No decorrer de seu crescimento, algumas espécies na fase adulta alcançam o topo da floresta, ultrapassando a copa das árvores. Trazendo essa realidade para um ambiente interno, que recebe pouca luz, pouco espaço ou até mesmo ar-condicionado, algumas espécies são mais resistentes:
Rafis (Raphis excelsa)
A palmeira rafis é muito popular no paisagismo, pois é uma planta acessível e de fácil manutenção. Sua comercialização é feita por hastes e quantos mais hastes na muda, maior será o seu valor. Apresenta normalmente as pontas das folhas secas, que pode ser um sinal de desidratação pelo ar-condicionado.
A principal praga que ataca a palmeira ráfia é a cochonilha-branca. Produtos sistêmicos podem ser efetivos, mas antes remova os insetos com um pano molhado e lave a planta. Na manutenção preventiva, rente ao caule, remova as folhas secas e mantenha o vaso bem regado.
Licuala (Licuala grandis)
A palmeira licuala chama a atenção pela sua elegância e singularidade, sua folhas em formato de leque abraçam o ambiente. É bastante resistente a pragas e doenças e tem baixíssima manutenção. Além de belíssima, sua floração aparece na fase adulta e é tão singular quanto as folhas.
Prefere locais com calor e umidade, portanto não é indicada para ambiente totalmente fechados que necessitam de ar-condicionado. Na manutenção preventiva, rente ao caule remova as folhas secas e mantenha o vaso bem regado.
Palmeira-metálica (Chamaedorea metallica)
A palmeira metálica e conhecida dessa forma, pois suas folhas são azuladas com um toque de cinza brilhante. É uma palmeira de estipe único, de baixo crescimento, porém precisa de um vaso grande para comportar as suas raízes e alcançar o seu pleno crescimento que pode chegar até 3 metros de altura.
Uma boa dica ornamental é usar mudas de tamanhos diferentes no mesmo vaso para criar volume estético, ou compor com uma forração que tenha um volume pequeno de raízes, por exemplo, da família das calateias. Prefere locais com calor e umidade, portanto não é indicada para ambiente totalmente fechados que necessitam de ar-condicionado.
De baixíssima manutenção, remova folhas secas somente quando necessário.
Palmeira-Bambu (Chamaedorea seifrizii)
As palmeiras da família chameadora são muito resistentes e de baixa manutenção. A palmeira-bambu é entouceirada com estipes múltiplos, resistente a baixa umidade e pouca iluminação, porém estiolam os estipes se são cultivadas em ambiente com luz artificial e baixam a resistência em ar-condicionado muito forte.
Sua folhagem é elegante, delicada, aparenta leveza no movimento das folhas e traz um certo romantismo para o ambiente. A principal praga que ataca a palmeira-bambu é o ácaro vermelho e produtos a base de enxofre podem remediar, mas um profissional deve ser consultado.
Na manutenção preventiva, remova as folhas secas e mantenha e evite o excesso de água.